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cartola – CARTOLA DIZ QUE ESCOLAS DE SAMBA ESTÃO DETURPADAS
Em seu depoimento gravado ontem no Museu da Imagem e do Som, o compositor Cartola declarou que as escolas de samba de hoje nem de longe lembram as escolas de antigamente, para êle muito mais autênticas, porque eram mais simples, “sem êsse número excessivo de instrumentos na bateria, que transformou o samba numa zoada que…
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Ele “Bebeu” Mangueira
Carlos Cachaça, nasceu, cresceu e viveu somente no Morro de Mangueira. Sua obra musical traduziu seu tempo. Uma narrativa poética do que viveu. Sem fantasias, seus versos e melodias contam um pouco do que viu e sentiu. Ganhou o apelido de Cachaça para diferenciar de outros “Carlos” da turma e por causa de sua bebida…
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MARCELINO JOSÉ CLAUDINO – “SEO” MAÇU – O MESTRE DOS MESTRES-SALA
Nos tempos do samba pesado, dos valentes e dos bambas, o “Seo” Maçu já era um batuqueiro considerado, pois tanto dava o seu recado nos pagodes, que se armavam nos festejos da Penha, como também nas batucadas da Praça Onze, onde entrava firme e decidido botando muita gente no chão com suas hábeis pernadas. Para…
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Leite de Onça e samba
Anésio dos Santos (Comprido), foi presidente da ala dos compositores da Mangueira. Fez diversos sambas-enredos e sambas de terreiro muito conhecidos. Em sambas-enredos, foi parceiro de Arroz (Estélio de Almeida Campos), Jurandir, Hélio Turco, Zagaia, Pelado e Leléo dentre outros. Trabalhou como vendedor ambulante e manteve pequeno comércio no Morro da Mangueira. Comprido foi, durante…
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Estação Primeira
Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira (ou simplesmente Estação Primeira de Mangueira). Tradicional escola de samba da cidade do Rio de Janeiro. Tendo como cores o verde e o rosa, a Mangueira, detem 20 conquistas e ainda foi vice-campeã do carnaval carioca em 19 ocasiões. Foi fundada em 28 de abril de…
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GIGI
— A primeira participação que eu vi de escola de samba foi porque eu tinha uma babá, a Geralda, que saía na ala das baianas da Cartolinha de Caxias, que fazia a concentração ali no Tabuleiro da Baiana, onde hoje é o Largo da Carioca. Então, minha mãe me levava pra ver a Geralda. Eu…
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MANGUEIRA EM 3°. LUGAR
Ficou em 3°. lugar a Estação Primeira de Mangueira. Boa colocação, pois os portelenses e os imperianos tiveram mais oportunidades neste Carnaval. O julgamento da Comissão em nada diminuí o prestígio da velha Mangueira. Os Acadêmicos do Salgueiro e Aprendizes de Lucas classificaram-se respectivamente em 4°. e 5°. lugares. Às escolas vitoriosas serão entregues os…
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COMPRIDO DEIXA O SAMBA DE TERREIRO PARA GANHAR ENRÊDO
Comprido, compositor da Mangueira que forma uma dupla famosa com Pelado e um trio, sempre forte na disputa dos sambas-enrêdo, com Hélio Turco, vai ficar sem compor sambas de terreiro êste ano para se dedicar inteiramente ao samba da escola para o carnaval do Quarto Centenário, pois quer ouvi-lo cantado na Avenida pelos passistas e…
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A Saga dos Fenícios
A Seiva da Vida Eu sou a essência do samba a minha raiz é de bamba sou Mangueira o tronco forte que dá fruto a vida inteira Se fosse para resumir em poucas palavras, ficaria mais ou menos assim: a verde e rosa vai levar à Marquês de Sapucaí a história do comércio, partindo dos…
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Trinca de Reis
Para carnaval de 1989, apresentei o enredo TRINCA DE REIS, homenageando os três maiores homens da noite carioca. Quero deixar registrado que esse tema já havia sido motivo de conversas entre mim e meu irmão, havíamos pensado muito sobre esse carnaval. A Mangueira, todos sabemos é a Rainha da Noite e do Samba, a coroa…
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Rainha Quelé
Clementina de Jesus da Silva (Valença, 7 de fevereiro de 1901 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1987). Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé,…
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SAM-BA-EN-REDO
A Mangueira sempre teve em seus sambas-enredo um diferencial. Quando alguém ouve um samba nosso das antigas logo diz: “É a cara da Mangueiral”. E é isso que estamos resgatando. Sambas enredo com a cara da Mangueira. Todos se surpreenderam com o resultado obtido pelo brilhante samba do carnaval passado (2010). E, sem falsa modéstia,…
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BRAGUINHA
Yes, Nós Temos Braguinha foi o enredo apresentado pela Estação Primeira de Mangueira no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 1984, o primeiro realizado na Passarela do Samba projetada por Oscar Niemeyer. A escola, a sétima a desfilar no dia 4 de março, tornou-se campeã do carnaval carioca pela 13ª vez,…
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O Príncipe dos Poetas Alagoanos
A Mangueira que, em carnavais passados, homenageou Vila Lobos, Gilberto Freire, Monteiro Lobato e outros, pretendendo exaltar nossa poesia desfila, em 1975, com o enrêdo “Imagens poéticas de Jorge de Lima”. O enrêdo não pretende apresentar a vida e a obra de Jorge de Lima, quer homenageá-lo apresentando imagens poéticas que pertencem à história e…
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Doces Bárbaros
O enredo não é biográfico. O que ele mostra é impacto da contribuição dos (um dia) Doces Bárbaros na cultura popular brasileira nos últimos trinta anos. Nascidos na Bahia, banharam-se nas águas puras de um ambiente impregnado de Jorge Amado, de Dorival Caymmi, de Mãe Menininha do Gantois. Muitas vezes testemunharam, contritos, a lavagem das…
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CARTOLA (1974, LP)
Finalmente um LP com o grande Cartola! Foi preciso que nascesse uma nova gravadora, a Marcus Pereira, para que fosse dada ao fundador da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, ao maior compositor de todos os tempos dos morros cariocas, a mesma honra já concedida a centenas de nomes surgidos com a mesma rapidez…
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tinguinha – Seu Tinguinha
Como a Grécia, a Mangueira também tem o seu Homero. Só que poucos conhecem o seu Homero da Mangueira, o seu Homero José dos Santos. Mas todos, todos, todos, na Mangueira, conhecem o seu Tinguinha, nome de querra do Homero José dos Santos. Seu Tinguinha, em 7 setembro de 1918, deu o seu grito de…
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Zé e Zilda
Zé da Zilda [José Gonçalves] (Rio de Janeiro, 06/01/1908 – Rio de Janeiro, 10/10/1954): cantor e compositor. Também conhecido como Zé com Fome. Foi casado com a cantora e compositora Zilda do Zé [Zilda Gonçalves] (Rio de Janeiro, 18/03/1919 – Rio de Janeiro, 31/01/2002), com quem formou a dupla Zé e Zilda…
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Mangueira e Império festejam
Aos gritos de “queremos bloco” a meninada da Mangueira, perseguiu o diretor de bateria, Valdomiro, que se mantinha irredutível em não ceder os instrumentos para que o bloco saísse. Com a intervenção de outros diretores, porém, Valdomiro cedeu e o bloco saiu às ruas e subiu o morro cantando o samba de Padeirinho. E voltou…
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foto – ACLAMAÇÃO
Foto publicada no Correio da Manhã, no dia 26-1-68, com a legenda: “ACLAMAÇÃO – Samba da Mangueira foi escolhido pelas cabrochas sambando na quadra.”…
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Buraco Quente
Foto publicada no Correio da Manhã, de 14-3-70, com a legenda: “Durante seis dias, êles vivem na favela; no sétimo, para a favela – e ainda descansam”…
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Samba é melhor com cinco autores
Para apurar os Sambas de enrêdo, êste ano, visando a repetir o sucesso de “O Mundo Encantado de Monteiro Lobato”, a Ala dos Compositores da Mangueira resolveu dividir seus componentes em grupos de, no mínimo, quatro. Assim, os três autores vencedores do ano passado — Darcy, Batista e Luís — se uniram a Hélio Turco…
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MANGUEIRA, Um Bi que ser Tri
Como todos sabem, a Estação Primeira, Mangueira é a escola que levanta poeira na avenida. Quando pega o embalo não deixa para ninguém. O bicampeonato está no papo. A nota 10 em todos os quesitos é pouco. Deveria ser nota 20 para aquela que traz um carnaval autêntico, original no pensamento dos seus fundadores e…
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padeirinho – Festa de Mangueira na volta de seu sambista Padeirinho
— Obrigado, bateria. Obrigado, pastôras. Quando o samba silencia, o quarentão Padeirinho, com um sorriso de despedida, acena antes de descer do palanque, passo incerto, como se estivesse com pena de deixar o tamborim. Mangueira, a Estação Primeira onde esse sambista tem tradição e é respeitado na roda de bambas, recebeu um dos donos calados…
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BETH CARVALHO DE PÉ NO CHÃO ANUNCIA E ABRE CAMINHO PARA O CACIQUE DE RAMOS
BETH Carvalho nasceu em Gamboa, centro do Rio de Janeiro, beira-rua da Saúde, morro que tem história de samba em todas as vertentes: um dos flancos abre-se para as plagas da Central do Brasil, onde as tias baianas bateram candomblé e fomentaram pagodes, aos tempos da Cidade Nova. Nascida na Gamboa e criada na Zona…
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TODO O TEMPO EM QUE EU VIVER, MANGUEIRA
APESAR dos muitos títulos que possui, entre os quais os de mestrado em literatura eslava pela Frein Universitaet Berlin (Ocidental), conferencista da Escola Superior de Guerra, chefe dos departamentos de jornalismo gráfico e jornalismo audiovisual da Escola de Comunicação da UFRJ, professor do curso de mestrado da cadeira de Psicologia da Linguagem etc., Nuno Veloso…
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cartola – OS 70 ANOS DE CARTOLA
O compositor Cartola está completando hoje 70 anos de idade, numa situação bem melhor do que a que teve de enfrentar a vida inteira. Agora, está com sua casa em Jacarepaguá, de dois quartos, dois banheiros, sala, varanda. cozinha e uma garagem onde guarda o seu Fiat. — Conforme for, pretendo comprar um terreninho em…
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cartola carlos cachaça – OS VERDADEIROS MENINOS DA MANGUEIRA E SUA DEMOCRACIA MARAVILHOSA
Desde que conheço os dois, nunca vi entusiasmo parecido: desta vez, Cartola e Carlos Cachaça estão envolvidíssimos com as eleições do próximo domingo na Mangueira, estão participando ativamente da politica interna da escola e, enfim, estão se comportando como dois garotos que a gente sabe que eles continuam sendo, apesar dos 74 anos do Carlos…
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cartola – CARTOLA, NO MOINHO DO MUNDO
Você vai pela rua, distraído ou preocupado, não importa. Vai a determinado lugar para fazer qualquer coisa que está escrita em sua agenda. Nem é preciso que tenha agenda. Você tem um destino qualquer, e a rua é só a passagem entre sua casa e a pessoa que vai procurar. De repente estaca. Estaca e…
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nair pequena – Mangueira desfila em homenagem a Nair
QUALIDADE e não quantidade foi o lema da Comissão de Carnaval da Estação Primeira de Mangueira no desfile de 1971. O falso gigantismo — provocado pelo ingresso na Escola de carnavalescos e, não, de sambistas — provou, nos últimos anos, que, se a Mangueira aumentou seu prestígio popular, perdeu em autenticidade. O artista na Mangueira…
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padeirinho – O dom de cantar a alma do povo da Mangueira
O corpo esguio e rijo de Oswaldo Vitalíno de Oliveira, o conhecido compositor Padeirinho, esconde atrás dos 57 anos vividos com muita luta pela sobrevivência a humildade e o dom de compor e cantar a alma do povo do morro da Mangueira. Para quem, durante muitos anos a fio, sentiu na própria pele o peso…
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neide – NEIDE DA ESTAÇÃO PRIMEIRA. A porta-bandeira em busca da sua nota 10
Excluindo o verde-rosa, o espectador atento pode identificar à distância a Mangueira em desfile: por uma característica inimitável de sua primeira porta-bandeira. Dançando, Neide consegue manter o pano da bandeira em linha horizontal, num equilíbrio tão correto, capaz de permitir a leitura clara do conjunto de pequenas letras gravadas no pavilhão: GRES Estação Primeira de…
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carnaval 1970 – UM CÂNTICO À NATUREZA
A ESTAÇÃO Primeira da Mangueira resolveu êste ano mudar o estilo de apresentação do seu enrêdo. Graças à idéia de Augusto de Almeida, cenógrafo da Escola, e da montagem do Diretor de Harmonia Jorge Zacarias, escolhemos um tema que exalta a própria vida. “Um Cântico à Natureza” é a mistura da beleza poética de nosso…
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cartola- CARTOLA – Uma vida a passo e compasso
Compositor da época em que a polícia subia o morro para fechar roda de samba, ele se considera “um operário do carnaval”. “SE a gente não ficar falando muito das minhas composições, eu topo. Num leito de hospital, o melhor é a gente falar da vida. Tenho uma vida pela frente. Tenho família esperando por…
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juvenal – O SAMBA PEDE PASSAGEM
Em tôrno da mesa de MANCHETE, pela primeira vez se encontraram, num debate aberto e naturalmente polêmico, os mais importantes dirigentes das escolas de samba cariocas. Foi logo depois do Carnaval, acabada a luta dos ritmos na Presidente Vargas e conhecida a vitória de Mangueira. Diante do gravador, os mestres do samba falaram livremente de…
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escola – MANGUEIRA PEDRA 90
Mangueira tem uma história para contar. A sua própria história. Palavra que não é para tirar vantagem. Mas é preciso conhecer o morro de perto, em cada esquina de seus caminhos nunca planos. Não começou num dia, como um conto de fadas, porque a vida em Mangueira nasceu de vários momentos, e ainda continua nascendo.…
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clementina, cadê você? – MIS 013, 1970
CLEMENTINA de Jesus não é sòmente um documento vivo do nosso folclore: em suas raízes primitivistas, Quelé tornou-se o repositório de um tipo de música que estava se extinguindo, porque não documentada em disco: as batucadas e partidos cantados nas rodas de samba e candomblés, nas casas das famosas “tias” bahianas do início do século;…
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Um presidente Verde e Rosa
Durante três horas entre copos de chope e garfadas no bacalhau do Adegão Português, o presidente da Mangueira, Roberto Firmino, foi entrevistado por quatro mangueirenses confessos — mas nem por isso piedosos. Firmino falou de sua vida, da sua infância no Buraco Quente e de seus planos para o futuro. Roberto Firmino é um cidadão…
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GIGI
A primeira participação que eu vi de escola de samba foi porque eu tinha uma babá, a Geralda, que saía na ala das baianas da Cartolinha de Caxias, que fazia a concentração ali no Tabuleiro da Baiana, onde hoje é o Largo da Carioca. Então, minha mãe me levava pra ver a Geralda. Eu ficava…
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Literatura dá sorte
Este é o período da escolha definitiva dos sambas-enredos das escolas. É também o período em que se ativa todo o trabalho visando ao desfile, no carnaval — distribuição dos figurinos, já desenhados, definição das alegorias, em quantidade, tipo e formato, ensaios e reuniões das diversas alas. Se nenhuma alteração substancial é prevista no desfile…
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Um Tantinho que faz a diferença
Poucas pessoas podem se orgulhar de conhecer tâo bem o Morro de Mangueira quanto Devanir Ferreira, o Tantinho. Negro baixo, forte, de voz imponente e bom humor contagiante, ele é considerado por muitos, aos 59 anos, a memória viva do morro. Mascote da geração de ouro da escola de Cartola, Nelson Cavaquinho e Padeirinho, Tantinho…
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Fiel ao verde-e-rosa, a Estação Primeira é mesmo coisa nossa
É uma espécie de reserva moral das escolas de samba. Tudo mudou e a Verde-e-Rosa continua a mesma, mesmo quando anuncia algumas inovações. Sorte nossa. O enredo (Coisas Nossas) trouxe índios, tropicália, futebol, gafieira e até a Petrobrás, Como sempre, Jamelão puxou o samba — e ninguém tem a bossa dele para esse tipo de…
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Jamelão de verde e rosa depõe no MIS
Vestido de verde e rosa e bastante atrasado (o pessoal já estava comentando que ele teria dormido no ônibus, como de costume), Jamelão foi ontem ao Museu da Imagem e do Som gravar seu depoimento e encontrar seus velhos amigos Aroldo Bonifácio e Waldinar Ranulpho, do CORREIO DA MANHÃ, Sérgio Cabral, o maestro Carioca, Albino…
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Levanta a bandeira colorida
“Ah, levanta a bandeira colorida / Pede passagem pra viver a vida”. Neide, Conceição ou Vilma, passando pela Avenida, é ela quem leva as côres da escola, recebe as mesuras do mestre-sala e os aplausos da multidão. Rainha por três noites, durante o ano ela é empregada doméstica ou operária de fábrica, e o máximo…
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Espinguela, o que primeiro pôs o samba em competição
Naqueles idos de 1920 até quase 30, o samba ainda era espúrio. Era tido e havido como próprio de malandros, como cantoria de vagabundos. E a polícia, na sua finalidade precípua de zelar pela observância da boa ordem, perseguia-o, não lhe dava trégua. Perseguição tenaz, rigorosa, que os sambistas glosavam numa quadrinha por êles mesmos…
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1º Dama do Morro Domina Coração de Mangueira
PORQUE, verdadeiramente em sua casa as portas não se fecham, em qualquer hora do dia ou da noite, a residência de D. Neuma Gonçalves da Silva pode ser considerada o coração da Mangueira. A qualquer hora da madrugada, uma batida na janela do quarto de D. Neuma pode significar que uma criança está passando mal…
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Há mais de 100 anos ‘frevendo’
Tema do desfile da Estação Primeira de Mangueira, patrimônio cultural e imaterial do Brasil e comemorando seu primeiro centenário, o frevo, na verdade, não tem só um século. Ele é anterior à data normalmente usada para demarcar seu surgimento. Do passado até os dias atuais, a manifestação pernambucana acumulou uma curiosa história. Uma história que…
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Escola desce o morro de paêtes
Segunda-feira à noite, a Mangueira vestiu-se de paêtes e desceu o morro para lançar oficialmente, num restaurante da Zona Sul, seu enredo para o carnaval de 89: Trinca de Reis, uma homenagem a três reis da noite carioca: Válter Pinto, Carlos Machado e Chico Recarey, este último, dono do restaurante Un, deux, trois, aliás, o…
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Mangueira faz a festa: samba-enrêdo sai hoje
Hoje é dia de festa no Rio porque é dia de festa na Mangueira. É que a Escola de Samba Estação Primeira vai escolher o samba-enrêdo que será cantado por seus milhares de componentes no desfile de domingo de Carnaval, na Avenida Presidente Vargas. “Carnaval dos Carnavais” é o enrêdo. Darcy da Mangueira e Hélio…
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SÓ PÁRA QUEM PODE
«É a polícia. Não saiam dos seus lugares e vão logo apresentando seus documentos. Quem não tiver com as babilacas em cima não adiansa conversa não era ouvida na tendi- entrando no carrão». Poucas eram as noites em que essa conversa no era ouvida na tendinha situada na Rua Visconde Niterói, ao lado da hoje…
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JAMELÃO, SAMBISTA DE ALTO A BAIXO AVISA: SUCESSO NO CARNAVAL VALE MAIS QUE UM MILHÃO
EMBORA seja também cantor que grava músicas para o meio do ano, é no Carnaval que Jamelão aparece mais. Recentemente o seu samba “Eu agora sou feliz’, no qual, além de intérprete, é também compositor, como parceiro de “Mestre Gato”, foi a música vitoriosa do Carnaval carioca. E por uma coincidência, a outra face do…
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DALMO CASTELO “QUEM É ESSE BRANCO DESCONHECIDO, PARCEIRO DE CARTOLA?”
O grande público o conhece principalmente como parceiro de Cartola (Verde Que Te Quero Rosa, Disfarça e Chora, entre outras). Mas Dalmo Castelo — que hoje, ás 21 horas no Teatro Clara Nunes, lança o seu segundo LP. Com Que Prazer — já tinha um considerável passado musical antes de conhecer o ilustre patriarca mangueirense.…
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ENREDO: LENDAS DE ABAETÉ
O mar, os rios, os lagos e lagoas da Bahia guardam, encerrados em suas águas, reinos encantados de Iaras e Nereidas. Há mais de quatro séculos, a poética, romântica e decantada Bahia de São Salvador, de tantas tradições históricas, revela um infinito manancial de arte e cultura que se difunde entre seus monumentos. Nos hábitos…
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Carnaval, História de Família
Nas semanas que precedem o carnaval a casa de D Neuma em Mangueira absorve tôda a vida do morro. Lá são traçados os planos, lá se discute enquanto as fantasias e as cabeleiras tomam forma. E o resto do ano fica pequeno, porque agora é carnaval e Mangueira precisa vencer. Assim é a vida de…
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O ENRÊDO CASA GRANDE & SENZALA
Em nosso “Casa Grande & Senzala” não pretendemos dividir os brasileiros da época da nossa colonização e formação em Brancos e Pretos, Senhores e Escravos. Nem o seria possível pois no trabalho comum dos engenhos de açúcar, da mineração e das fazendas de café, os elementos formadores de nossa nacionalidade como que se amalgamaram para…
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MODERNOS BANDEIRANTES: Enrêdo do carnaval de 1971
SANTOS DUMONT, “O Pai da Aviação” – I PARTE: É INDISCUTÍVEL a prioridade do brasileiro Alberto Santos-Dumont na Conquista do Ar, com as suas duas geniais soluções: a do problema da dirigibilidade dos Aeróstatos (genial invenção também de um brasileiro, o, Padre Bartolomeu de Gusmão, cognominado o “Padre Voador”) e a do vôo do “mais…
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DESFILE DE CAMPEÃS COM JAMELÃO E ESCOLAS DE SAMBA (1961, LP)
Ao lançar êste LP, a Continental está prestando um grande serviço à música popular brasileira, pois foi buscar o samba onde êle é mais autêntico, nas escolas de samba. Êste disco serve também para desmentir aquêles que julgavam impossível uma boa gravação usando como elementos de côro os próprios sambistas das escolas de samba. O…
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GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA
Da fusão dos blocos “Arengueiro”, “Tia Tomásia” e “Mestre Candinho”, nascia, a 28 de abril de 1928, no local denominado “Buraco Quente”, a famosa “Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira, Mangueira“. Saturnino Gonçalves, Júlio Moreira, D. Lucíola, Francisco (Chico) Ribeiro, Arlindo Conrado, Marcelino (Maçu), José Claudino, Agenor de Oliveira (Cartola), Gradim, Arturzinho, Balança, Jardineiro…
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TANTINHO canta Padeirinho da Mangueira (2009, CD)
Seu Zequinha improvisava no calango, se defendia na sanfona e impunha respeito pela valentia (chegou a cumprir pena por conta disso). Dele, Tantinho herdou o talento para versar. Hoje é muito considerado em todas as rodas de partido alto. Nisto também há alguma influência do convívio com Padeirinho, mestre do improviso, Como poucos partideiros do…
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BETH CARVALHO É sempre carnaval
“EU acredito em Deus e até o conheço: é, sem dúvida alguma, o Nélson Cavaquinho. Pessoa beatificada, capaz de somar fatores aparentemente dissonantes e transformá-los num acorde puro. Falo do caráter de Nélson. Ele sabe de tudo na sua santa ingenuidade. E na sua diabólica percepção. Não sei quem me cantou Nélson, quem me falou…
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Mercadores E Suas Tradições
No alvorecer do século XVI, tangidos pelos ideais de conquistas e riquezas, navegantes europeus vieram ter às costas de Imensas Terras, livres para as aventuras na imponência de sua natureza, no encantamento de sonhos e poesia e envôlta no mistério insondável de tesouros ocultos e intocados. E surgia aos olhos da frota portuguesa comandada por…
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Sr. Roberto Fernando Paulino Ludolf Soares de Souza
Baluarte e Presidente de Honra. Roberto Paulino conheceu a Mangueira em fins de 1953, quando foi trabalhar na Cia. Cerâmica Brasileira, a ela se afeiçoou e nunca mais deixou de frequentá-la e acompanhá-la. O primeiro desfile a que Roberto assistiu, foi o de 1954, a Mangueira sagrou-se Campeã, com o samba de Hélio Turco, Pelado…
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Samba, Festa de um Povo
Uma coisa é certa: a mais bonita história do samba — festa do povo brasileiro — é o próprio samba que conta. Alguns ainda tentam fazê-la de outra forma, escrevendo, falando ou passando adiante o que ouviram — desde a chegada dos primeiros colonizadores até o espetáculo que Mangueira nos dá hoje — mas sempre…
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Puxador não! Intérprete
Não à toa, quando a Mangueira chora, ela é a voz do Jamelão num samba “dor de cotovelo” com letra de Ary e Lupicínio. Triste, ela é o Jamelão em “Folha Morta”. Jamelão em “Ela disse-me assim”. Quando a Mangueira é faceira, ela é a voz do Jamelão em ritmo de gafieira. Solo de piston.…
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Primeira dama do samba
D. Neuma, grande dama da Estação Primeira de Mangueira, matriarca do samba carioca, uma das mais importantes personalidade da cultura popular, referência sentimental das tradições culturais brasileiras. Aqueles que dividiram a sua intimidade são unânimes em afirmar que ela era dona de uma personalidade irreverente, que fazia uso demasiado de palavrões. “Uma espécie de Leila…
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Samba e leite de onça
Anésio dos Santos (Comprido), foi presidente da ala dos compositores da Mangueira. Fez diversos sambas-enredos e sambas de terreiro muito conhecidos. Em sambas-enredos, foi parceiro de Arroz (Estélio de Almeida Campos), Jurandir, Hélio Turco, Zagaia, Pelado e Leléo dentre outros. Trabalhou como vendedor ambulante e manteve pequeno comércio no Morro da Mangueira. Comprido foi, durante…
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Yes, nós temos Braguinha (1984)
Yes, Nós Temos Braguinha foi o enredo apresentado pela Estação Primeira de Mangueira no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 1984, o primeiro realizado na Passarela do Samba projetada por Oscar Niemeyer. A escola, a sétima a desfilar no dia 4 de março, tornou-se campeã do carnaval carioca pela 13ª vez, encerrando…
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O Filho Fiel, Sempre Mangueira (2011)
“A Mangueira me chama, eu vou / Sempre fui o seu defensor / Sou um filho fiel / Á Mangueira eu tenho amor / Foi a Mangueira quem me deu apoio e fama / Até hoje ela me ama / Agora vieram me dizer / Que a Mangueira me quer ver quer me ver” (A…
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Samba e Leite de Onça
Anésio dos Santos (Comprido), foi presidente da ala dos compositores da Mangueira. Fez diversos sambas-enredos e sambas de terreiro muito conhecidos. Em sambas-enredos, foi parceiro de Arroz (Estélio de Almeida Campos), Jurandir, Hélio Turco, Zagaia, Pelado e Leléo dentre outros. Trabalhou como vendedor ambulante e manteve pequeno comércio no Morro da Mangueira. Comprido foi, durante…
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MPB Especial com CLEMENTINA DE JESUS
Vídeo: Dirigido por Fernando Faro, Clementina de Jesus com Dino no violão de 7 cordas, Jorginho e Saci nas percussões. Programa exibido pela TV Cultura e gravado em 1973, Clementina conversa com Fernando Faro sobre o início tardio de sua carreira e canta vários sucessos, como “Sei Lá Mangueira”.
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Tantinho, o guardião da memória em verde e rosa
Tantinho nasceu em 1946, em Mangueira, na localidade de Santo Antônio, no ponto mais alto do morro, chamado Vacaria. Nessa ocasião, a Estação Primeira já existia há 17 anos e era uma importante referência cultural do morro. A mãe de Tantinho, conhecida como Dona Mendes, foi morar em Mangueira ainda criança e era baiana da…
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O canto maior de Jamelão
Compreender Jamelão é ultrapassar a fase em que o ouvinte gosta das proezas ou da exibição do cantor; é penetrar na densidade do que ele representa social e psicologicamente: um artista provindo dos estratos pobres da população num país em que não são dados ao homem negro (nem ao branco pobre) oportunidades de afirmação, superação,…
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Atrás da Verde e Rosa só não vai quem já morreu
Fiel às suas tradições, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira sempre apresenta em seus desfiles enredos baseados em temas genuinamente nacionais, invariavelmente vinculados à história, à cultura e a pessoas — estas, como referências da criação, em qualquer campo, e como exemplos para a posteridade. Foi assim em 1966, a respeito…
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SAMBA É CAMPEÃO
Pelo que mostraram no desfile de domingo a Estação Primeira de Mangueira e a Império Serrano são as mais sérias candidatas ao titulo de supercampeã, uma vez que mostraram muito mais que as outras, principalmente a primeira, que pôs o samba autêntico de morro na Avenida, enquanto a outra, ainda que bem, utilizou recursos antes…
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Só sabe de samba quem curte Padeirinho
NA Caixa D’Agua, ponto de jogo de ronda bem no meio do morro, foram as primeiras lições de samba e de vida. Os primeiros cortes no baralho. Pouco mais acima ficava a tendinha do seu Mané-Mané, tio do Geraldo Pereira — uma presença assidua e festejada, tanto ele como Nélson Cavaquinho. Ali, os primeiros tragos.…
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CARROS NAVALIS, CARNAVALE, CARNAVAL DOS CARNAVAIS
O verdadeiro, o legítimo, o autêntico, o único tipo de carnavalesco real é o característico do Rio de Janeiro. A espécie é nossa, únicamente nossa, essencialmente e exclusivamente carioca. Só o Rio de Janeiro, com seus carnavais maravilhosos e inconfundíveis, que ainda se hão de suceder pelos séculos sem fim, possui o verdadeiro carnavalesco —…
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Mangueira faz a festa: samba-enrêdo sai hoje
Hoje é dia de festa no Rio porque é dia de festa na Mangueira. É que a Escola de Samba Estação Primeira vai escolher o samba-enrêdo que será cantado por seus milhares de componentes no desfile de domingo de Carnaval, na Avenida Presidente Vargas. “Carnaval dos Carnavais” é o enrêdo. Darcy da Mangueira e Hélio…
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APRESENTAÇÃO DO ENREDO COISAS NOSSAS
Escolher enredo, na Mangueira, é ato coletivo, é resolução da Comissão de Carnaval, e não imposição de um carnavalesco. Assim, decidir qual seria o Carnaval de 1980 levou tempo, muitas reuniões e o examinar de inúmeros enredos até quando Ciro Ramos sugeriu Coisas Nossas. Coisas Nossas era apenas um titulo, faltava o enredo, mas, após…
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O coral feminino da “capital do samba”
Foto publicada no Jornal CORREIO DA MANHÃ (RJ), de 20-2-58, com a legenda: Enquanto “Jamelão”, no microfone, comandava a harmônia, as pastoras da “Estação Primeira” (Mangueira) cantavam incessantemente, como se vê na fofo. O coral feminino da “capital do samba”, sempre foi um dos seus pontos altos em desfiles carnavalescos.
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ALEGRIA, ALEGRIA
Foto publicada no Jornal CORREIO DA MANHÃ (RJ), de 15-2-69, com a legenda: “ALEGRIA, ALEGRIA – São três dias de alegria e brincadeira para o carioca esquecer o resto do ano e suas preocupações. Com pandeiro ou sem pandeiro, ou simplesmente de tamancos, todo mundo é alegre.”
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Batista agradece à Mangueira o sucesso de “Capoeira”
João Batista da Silva, o Batista da Mangueira, autor de Capoeira, o maior sucesso deste carnaval, está surpreso com a aceitação de sua música. O samba surgiu de uma brincadeira no Bar “Só Pára Quem Pode”, no morro da Mangueira. No conjunto de caixas de fósforos, de muita batucada e de muita gozação surgiu a…
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O perfume verde-e-rosa
Nem mesmo a tristeza de desfilar no primeiro carnaval do milênio sem Dona Neuma — sua primeira-dama que morreu no ano passado — tirou a garra da Mangueira. E o carnavalesco Max Lopes — que já deu um campeonato à verde-e-rosa, em 1984, com Yes, nós temos Braguinha — promete fazer a escola “arrebentar” ao…
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Mangueira: Tão grande que nem cabe explicação
Ela é sinônimo de povo. Povo que estremece quando a vê despontar na Candelária. Povo que canta junto até ficar rouco e aplaude até inchar as mãos. Que a acompanha depois do desfile e proclama justiça, quando não a vê em 1.° lugar no dia da apuração. GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRA —…
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na avenida, elas hoje são as rainhas
E o carnaval chegou, com sua atração maior: as escolas de samba, com suas fantasias luxuosas, cobertas de pedrarias e lantejoulas, brilhando ao longo da avenida, na noite iluminada. E desfilam as porta-bandeiras, as passistas leves e ligeiras, os destaques imponentes e ricos. E esquecem-se as desavenças, as rivalidades entre as escolas, na alegria de…
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MANGUEIRA, A ESCOLA RISONHA E FRANCA
Nenhum morro do Rio tem o que a gente encontra lá. O mito está em tudo, até na sua escola que tem a própria essência do carnaval carioca. De longe já se vê o morro, os barracos encravados na colina, na claridade mansa da tarde, calor sufocante do meio-dia ou nas luzes das noites de…
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OLHA O PARTIDO AÍ! (1968, LP)
Participaram do disco cinco grandes nomes do partido alto: Xangô, Padeirinho e Zagaia da Mangueira; Aniceto e Jorginho Pessanha do Império Serrano. No repertório estão 11 sambas de partido alto, todos de autoria dos participantes do disco. “Olha o partido aí!” é um disco raro com algumas das maiores lendas do partido alto. Alguns dos…
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A FINA-FLOR DO SAMBA
Eles são a fina-flor do samba. Djalma dos Santos (presidente) e Nílton Russo (compositor) da Mangueira; Osmar Valença (presidente) e Zuzuca (compositor) do Salgueiro; Martinho (compositor) da Vila Isabel; Sargento Válter (relações-públicas), Cabana e Norival (compositores) da Portela; Almir Pica-Pau Pereira, Heitor Grilo Aquiles e Wilson Diabo (compositores) do Império Serrano e o Dr. Osvaldo Macedo, cirurgião e batuqueiro,…
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Exaltação à Villa-Lobos (1966)
APRESENTAÇÃO — O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, que vem representando dignamente o carnaval brasileiro, presta, êste ano, homenagem ao grande vulto da música erudita brasileira, HEITOR VILLA-LOBOS, e procura dar maior brilho à nossa festa popular, exaltando êsse músico brasileiro. Villa-Lobos, desaparecido do nosso convívio há seis anos, projetou e…
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«Caramba, caracoles, sou do samba, não me amoles»
Ao escolher o tema Yes, Nós temos Braguinha para seu enredo no Carnaval de 1984, a Estação Primeira da Mangueira teve em vista oferecer uma reação à onda de descaracterização da cultura brasileira, sitiada pela pressão dos poderosos trustes da indústria fonográfica que, a pretexto de difundir um suposto «som universal», transformaram os países da…
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CARLOS CACHAÇA ESTRÉIA AOS 74 ANOS: MAS VALEU ESPERAR
titulo 2 J. R. Tinhorão Uma velha tradição popular vigente entre os sambistas cariocas reserva aos poetas das suas comunidades uma auréola de prestigio que tem muito a ver com o respeito da Idade Média pelos seus trovadores. E’ que na Europa da Idade Média, como entre o povo, no Brasil de hoje (e as…
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As mulheres conquistam seu lugar
A revista lançada pela Mangueira em 1998, ano comemorativo dos 70 anos de fundação da escola, além de explicar o enredo daquele ano, “Chico Buarque da Mangueira” — também e principalmente — homenageia a data com diversos textos separados por períodos (todos serão publicados no blog). O texto do período entre 1939/1948 é dedicado a…
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Mangueira faz Samba para a festa do povo
Do lundu dos escravos, no princípio do Império, até o sofisticado sambinha bossa nova, soprado em surdina por um conjunto de boate, tudo é samba! Depois que um tatatatáravô (se me permitem o têrmo) do divino Cartola bateu o primeiro atabaque, lá pras bandas da África, até o momento em que Chico Buarque de Holanda…
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O Frevo Caiu no Samba
“Nossa idéia é mostrar as várias manifestações do Recife, um caldo variado de cultura popular, unindo à Mangueira, na homenagem ao frevo”. Essas palavras foram ditas por Max Lopes, carnavalesco da Estação Primeira de Mangueira em 2008 — enrêdo: “100 do Frevo, é de perder o sapato. Recife mandou me chamar…” — no texto que…
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Raizes da Mangueira (1973, LP)
“Raízes da Mangueira” gravadora: Som (Discos Copacabana). Um LP só com sambas de compositores da Mangueira como Nelson Sargento, Xangô, Cartola, Jurandir, Babaú e Nelson Cavaquinho, é o que trago neste post. No repertório 4 sambas-enredo: “Rio Antigo” de 61; “Exaltação à Villa-Lobos” de 66; “Casa Grande e Senzala” de 62; “Cântico à Natureza” de 55. O disco teve…
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Rainha Quelé
Clementina de Jesus da Silva (Valença, 7 de fevereiro de 1901 — Rio de Janeiro, 19 de julho de 1987). Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé,…
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CARLOS CACHAÇA (1976, LP)
CARLOS CACHAÇA, (Continental). O disco ainda nem começou a ser gravado, mas já está ficando bom. A Continental chamou Pelão para produzir que chamou João de Aquino para fazer os arranjos. Cachaça está com 74 anos. Alvorada lá no morro, que beleza. Uma energia incrível. Raul Giudicelli não sabe o tamanho da besteira que diz…
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O mundo encantado de Monteiro Lobato (1967)
O mundo encantado de Monteiro Lobato foi o enredo apresentado pela Estação Primeira de Mangueira no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 1967. A escola, a nona a desfilar no dia 5 de fevereiro, foi campeã do carnaval carioca pela décima vez. Foi a primeira vez que uma escola de samba…
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Cachaça que dá samba
Carlos Cachaça, nasceu, cresceu e viveu somente no Morro de Mangueira. Sua obra musical traduziu seu tempo. Uma narrativa poética do que viveu. Sem fantasias, seus versos e melodias contam um pouco do que viu e sentiu. Ganhou o apelido de Cachaça para diferenciar de outros “Carlos” da turma e por causa de sua bebida…
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Filho Fiel
A Estação Primeira de Mangueira pede passagem para afirmar, em plena Marquês de Sapucaí, que um dos maiores baluartes da sua história, Nelson Antônio da Silva, o nosso Nelson Cavaquinho, que completaria 100 anos de nascimento em 2011, está vivo e comparece a Marquês de Sapucaí, com o seu talento e a sua poesia, para…
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PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 638/2008
EMENTA: CONCEDE A MEDALHA TIRADENTES E O RESPECTIVO DIPLOMA AO COMPOSITOR NELSON MATTOS, O “NELSON SARGENTO”. Autor(es): Deputado CHIQUINHO DA MANGUEIRA A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RESOLVE: Art. 1º – Fica concedida a Medalha Tiradentes, e o respectivo Diploma, ao compositor Nelson Mattos, o “NELSON SARGENTO”. Art. 2º – Esta Resolução entrará em vigor na…