Cahaça que dá samba
Carlos Cachaça
Foto: Rui Mendes, 29-8-11

Carlos Cachaça, nasceu, cresceu e viveu somente no Morro de Mangueira. Sua obra musical traduziu seu tempo. Uma narrativa poética do que viveu. Sem fantasias, seus versos e melodias contam um pouco do que viu e sentiu. Ganhou o apelido de Cachaça para diferenciar de outros “Carlos” da turma e por causa de sua bebida preferida. Este mangueirense, apaixonado por Carnaval, zelava pela diversão e pelo trabalho. Trabalhou na Rede Ferroviária Federal, até se aposentar. Foram quarenta anos, (de 1925 a 1965), trabalhando diariamente. Ao lado de Cartola e Saturnino Gonçalves, pai da Dona Neuma, entre outros, fundou, em 1925, o Bloco dos Arengueiros, que mais tarde deu origem a Estação Primeira de Mangueira. Carlos Cachaça, foi o primeiro compositor a inserir elementos históricos nos sambas de enredo, o que é uma norma até hoje. Se você gostar deste artigo sobre Carlos Moreira de Castro, não deixe de interagir pelo meu perfil oficial no twitter: @blog_jequitiba . Abraço.

Carlos Cachaça, em tempo de homenagens

MARCELO DE MELLO

Depois de festejar 89 anos com os amigos no último dia 2, ter um samba lançado em CD no Japão e receber a Medalha Pedro na Câmara de Vereadores do Rio, o poeta Carlos Cachaça vai ser homenagedo no lugar de que mais gosta no Mundo: a Mangueira.

Hoje, a partir das 21h, na quadra da escola (Rua Visconde de Niterói 1082), com entrada franca, os portelenses Monarco e Mauro Diniz vão cantar os sucessos de Carlos Cachaça e de seu parceiro Cartola. A idéia de homenageá-lo com o show “De Cartola a Carlos Cachaça e de Monarco a Mauro Diniz” foi da direção da Mangueira, já que o compositor é o único remanescente da geração de fundadores da escola.

Autor de “Homenagem”, o primeiro samba-enredo com que a verde e rosa desfilou, em 1934, Carlos Moreira de Castro nasceu e viveu a maior parte da sua vida na Mangueira. E. embora tenha construído uma casa no Engenho da Rainha meIhor do que a que vive na Mangueira, não pretende se mudar de lã tão cedo.

— Com ou sem dificuldade é aqui que eu pretendo morrer — diz o ex-operário da Central do Brasil, que ajudou na remodelação dos trilhos da linha férrea que passa em frente ao Morro da Mangueira.

Em fase de recuperação de um princípio de derrame, Carlos Cachaça diz que as homenagens transformam a tristeza pela saúde abalada em alegria. Tanto que esta noite ele vai abrir uma exceção ao repouso aconselhado pelo médico para ouvir (e cantar) na quadra o que fez de melhor nesses 89 anos.

Carlos Cachaça, em tempo de homenagens
Carlos Cachaça

No morro, toda a fonte de inspiração para sua poesia

Carlos Cachaça nunca saiu do Brasil mas diz com convicção que a Mangueira é o lugar de que mais gosta no Mundo. Se visitasse outros países, provavelmente não veria algum lugar que, apesar dos problemas comuns às favelas cariocas, inspirasse músicas obrigatórias em qualquer antologia de samba. A começar por “Alvorada”, dele próprio e de Hermínio Bello de Carvalho. Na música, o poeta diz que no morro, “Ninguém chora/ não há tristeza”.

— Aqui somos uma irmandade — diz.

Comparado ao que outros poetas já disseram da Mangueira, Carlos Cachaça pode ser considerado discreto em seu amor ao morro. Em Sei lá Mangueira,1 o porteIense Paulinho da Viola diz que o morro visto do alto “mais parece o céu no chão”. E Enéas Brito e Aloísio da Costa, autores de Exaltação à Mangueira,2 garantem que o cenário do morro com seus barracões de zinco “é uma beleza”.

Poucos poetas, porém, podem falar do morro melhor que Carlos Cachaça. Filho de um ferroviário, Carlos Moreira de Castro nasceu em 1902 em uma das casas construídas pela Estrada de Ferro Leopoldina para seus funcionários, no pé do morro, onde hoje está a Vila Olímpica da Mangueira. Aos 8 anos, foi morar no morro com seu padrinho, o comerciante português Tomás Martins, que alugava suas casas na Mangueira. Segundo Carlos Cachaça, seu padrinho foi o fundador do Morro da Mangueira.

Daquela época até hoje, Carlos pôde notar que o morro mudou bastante. Até a década de 50, quando compôs “Alvorada”, o cenário era mais natural, já que havia várias casas de sapê. Mas ainda continua a servir de inspiração ao poeta, que, em parceria com Wilson Moreira, compôs recentemente “A Mangueira é uma canção” e ainda pretende fazer mais duas músicas sobre o morro, por sugestão de amigos.

Data de fundação da escola: uma dúvida que ele não pode resolver

Antes de Cartola se mudar do Catete para a Mangueira, Carlos Cachaça já compunha sambas que tinham como tema a vida no morro. Um dos mais antigos de que ele se lembra de 1924, dizia assim: “Que harmonia/Lá em Mangueira/Que dá prazer/Para se brincar…”. Na fundação da Mangueira, porém, ele estava afastado do morro. Por isso, não pode esclarecer se a escola foi fundada em 28 de abril de 1928, a data oficial segundo a direção da escola, ou 1929, conforme se suspeita.

Quando se fala de como o samba começou no morro, porém, ele não tem dúvidas. Segundo Carlos Cachaça foi Eloy Antero Dias, de Madureira, que começou a tocar samba na Mangueira. Mas o primeiro a compor samba no morro foi ele próprio. Até a década de 20, não não se tocava na Mangueira o samba como se conhece hoje.

Ao compor “Homenagem”, considerado o primeiro samba-enredo da Mangueira, Cachaça ficou receioso que a menção a Castro Alves fosse mal aceita, já que os sambistas eram marginalizados. Mas sua intenção era mostrar que os moradores do morro eram bem informados sobre grandes escritores.

Naquela época, cada compositor sugeria o tema do samba de enredo, função que cabe hoje ao carnavalesco. Até deixar de compor para a escola, em 1949, os temas patrióticos predominavam em seus sambas: “Pátria querida”, “Vale do São Francisco”, em parceria com Cartola, e “Ciência e Arte”, gravada em CD no Japão.

Bebida predileta deu origem ao apelido que o consagrou

O apelido de Carlos Cachaça surgiu na casa do Tenente Couto, do Corpo de Bombeiros, onde ele se reunia aos domingos para comer feijoada. Com exceção de Carlos Moreira de Castro, todos que freqüentavam a casa do Tenente Couto bebiam cerveja preta como acompanhamento para a feijoada. Sempre que lhe ofereciam cerveja, Carlos recusava e dizia que preferia cachaça. Como havia mais dois Carlos no grupo, ele acabou conhecido como Carlos Cachaça. Depois do princípio de derrame, a cachaça ficou restrita ao apelido, mas o poeta está certo de que a bebida não lhe prejudicou.

— Para mim só fez bem. Pelo menos nunca tive problemas de fígado — brinca.

Viúvo de Dona Menininha, irmã de Dona Zica, tem três filhos: Tuco, José Carlos e Maria Inês, que mora no Engenho da Rainha, na casa construída pelo pai com o dinheiro ganho como funcionário da Rede Ferroviária Federal e, em menor parte, dos direitos autorais. Sua filha reservou o terceiro andar da apenas para ele mas o apego ao morro o impediu de se mudar.

— A Mangueira é a minha vida — resume o poeta.

Na sala de sua casa, quadros, diplomas e troféus lembram sua paixão pelo morro e pela escola. Desde o último dia 6, a decoração da casa foi acrescida da medalha que ganhou na Câmara dos Vereadores, uma coincidência feliz para o poeta, que foi amigo de Pedro Ernesto, prefeito do Rio na época em que a cidade era o Distrito Federal. Quando Pedro Ernesto esteve na prisão por participar da Intentona Comunista de 1935, Carlos Cachaça o visitou e, por ocasião da ida do então prefeito ao morro pediu a ele a construção de uma escola. O pedido foi satisfeito com a construção da Humberto de Campos, até hoje a única pública do morro.3

Carlos Cachaça, foto Bruno Veiga
Carlos Cachaça
Foto: Bruno Veiga/Argosfoto

Carlos Cachaça, sambista de corpo e alma

O compositor é o responsável pelo primeiro samba da Estação Primeira e de muitos outros sucessos que fez em parceria com Cartola e outros autores famosos. Também foi ele quem pediu a construção da primeira escola do Morro. Estas e muitas outras histórias do samba e de Mangueira, Carlos Cachaça conta com clareza, aos 82 anos, na tranquilidade de sua casa, cercado por muitas fotos, fantasias e gostosas recordações.

GIOVANNI FARIA

O gênio criativo de Cartola nunca esteve sozinho. Ao seu lado, durante muitos anos, marcou presença o indiscutível talento musical de outro legítimo mangueirense, nascido no início do século, quando ainda não se ouvia falar em samba no morro mais popular da cidade. Hoje, com 82 anos, Carlos Moreira de Castro, — humilde e pacato cidadão que em 1920, ao trocar a cerveja pela cachaça em uma feijoada na Praça XI herdou para sempre o apelido e nome artístico de Carlos Cachaça — lembra, saudoso, velhos carnavais, canções, histórias e amigos, especialmente o inesquecível parceiro Cartola.

No final do beco que segue entre casas de tijolos, onde disputam espaço crianças jogando bola e roupas estendidas no varal, desponta um sobrado de cores fortes, pequeno quintal à frente e varanda boa para repouso. Sentado no sofá da sala, repleta de discos e quadros em sua homenagem, Carlos Cachaça olha pela porta entreaberta e de imediato adverte:

— A casa é humilde, o dono também, mas podem chegar. Na Mangueira, quem chega é vindo.

Disposto, não aparentando nem de longe os mais de 80 anos “bem vividos”, acrescenta ele, Carlos Cachaça vai logo mostrando que está em dia com datas, nomes e acontecimentos de há muitos anos. Às vezes troca ou esquece. Pára, pensa, reflete mais uma vez e então conta com precisão. Como, por exemplo, a chegada do samba em Mangueira:

“O Morro da Mangueira era quieto, tranqüilo e não havia samba”

Carlos Cachaça

— O morro era quieto, tranqüilo e não havia samba. Em 1915, me lembro bem, Elói Antero Dias trouxe para cá sua canção “O padre diz miserinobis”, que iria permanecer durante muitos e muitos anos como um dos maiores sucessos da tradicional Festa da Penha. Naquela época, o samba surgia nas pequenas rodas. Aos poucos a semente foi crescendo — recorda-se.

E cresceu mesmo. Em 1928, a escola de samba foi fundada. Carlos Cachaça assegura que “‘está enganado quem pensa que a Mangueira surgiu em 1929”. Qualquer que seja o verdadeiro ano, a realidade é que a semente deu frutos.

— Nessa época, o samba começou a ter influência decisiva sobre a vida dos moradores do morro. De lá para cá, a Mangueira cresceu, ganhou fama e hoje faz parte da história de nosso País — se envaidece o compositor.

Cinco anos antes, mais precisamente em 1923, Carlos Cachaça já esquentava os pagodes no morro com sua primeira música, um sucesso caseiro intitulado “Não me deixaste ir”. Era apenas o limiar da brilhante carreira de um dos mais famosos compositores da escola de samba da Rua Visconde de Niterói.

Das suas mais de cem músicas compostas e cerca de 60 gravadas, Carlos Cachaça lembra com especial atenção de uma: o samba-enredo “Pudesse meu ideal”, composta com Cartola, que representou a Mangueira no primeiro desfile oficial das escoIas de samba, em 1932.

Ala dos compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, 1946
Ala dos compositores do Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira, 1946. Da esquerda para a direita, em pé: Quedinho, Adolfo Polonês, Nêgo, José Ramos, Geraldo da Pedra, Maçu, Cartola, Carlos Cachaça, Zagaia e Alfaiate. Sentados: Aluísio Dias, Edson, Odaléa (madrinha da ala dos compositores e filha de Edson), Zeca e Baiano.
Foto doada à Coleção Tinhorão/IMS pela pesquisadora Edinha Diniz durante visita ao Setor de Música do instituto em 26/06/2016

Um acontecimento histórico que marcou a vida de Carlos Cachaça foi a fundação da Ala dos Compositores da Mangueira, no final da década de 30. Ele, Cartola, Zagaia, Alfaiate, Alfredo Polonês, Geraldo da Pedra e vários outros amigos tiveram esse privilégio. Hoje, essa gente toda está guardada na memória de Carlos Cachaça e na fotografia que ele preserva com carinho na parede da sala.

De todos os compositores da Ala, Cartola seria aquele com quem Carlos Cachaça teria maior afinidade e comporia músicas eternas, como “Não quero mais amar a ninguém”, de 1936, que ele cantarola baixinho, lembrando, por certa, o velho sucesso alcançado. Outra canção gue ele considera imortal é “Alvorada” também em parceria com Cartola, gravada por Beth Carvalho.

Das muitas alegrias que Carlos Cachaça teve durante seus “82 anos bem vividos na Mangueira”, ele cita com especial saudosismo a inauguração da escola pública do morro, realizada pêlo Prefeito Pedro Ernesto, graças a um pedido seu.

“Eu sou raiz e defendo a manutenção da tradição das escolas de samba”

Carlos Cachaça

Funcionário aposentado da Central do Brasil, Carlos Cachaça ainda gasta grande parte do tempo compondo. Como verdadeira raiz do samba na Mangueira, ele se orgulha ao lembrar que a marginalização que sofria no mundo musical desapareceu juntamente com a projeção do samba e sua perfeita integração no cenário da música brasileira.

— Eu me sinto orgulhoso da projeção e respeito que eu e o samba ganhamos ao longo dos anos. Eu sei que vou morrer um dia, mas ele precisa resistir, eternizar-se.

Membro da Comissão de Frente da Mangueira — a roupa está exposta na sala, como um troféu —, Carlos Cachaça vê com bons olhos o sucesso da escola, depois de vários anos sem campeonato, força e brilho.

— Eu sou raiz e defendo uma manutenção da tradição das escolas de samba. Acho, porém que elas necessitam de boa direção, para que sejam mais atuantes.

Memória viva de praticamente toda a história da verde-rosa, Carlos Cachaça lamenta a pressa do tempo, que vai, aos poucos, levando os velhos parceiros da escola. “Gente que vai e muitas vezes leva junto um pedaço da história”, explica ele. Por isso, pede a Deus pela preservação do rico patrimônio humano dos que fizeram a história do samba do Morro da Mangueira, sua querida e doce morada.4

Sambas de Carlos Cachaça ♪

ALVORADA, samba de Carlos Cachaça, Cartola e Hermínio Bello de Carvalho, com Carlos Cachaça, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976); com Cartola, em disco “CARTOLA”, Marcus Pereira 403.5007 (1974);
AMOR DE CARNAVAL, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
AS FLORES E OS ESPINHOS, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
BRASIL, TERRA ADORADA, samba-enrêdo (35) de Cartola, Carlos Cachaça e Arthurzinho, com Tantinho, em disco “Tantinho, Memória em Verde e Rosa”, Independente (2006);
CABROCHA, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
CIÊNCIA E ARTE, samba-enrêdo (47) de Cartola e Carlos Cachaça, com Nuno Veloso e côro, em disco “Salve MANGUEIRA”, RCA Victor BBL-1098 (1960);
CLOTILDE, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
CRUELDADE, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
ETERNA MANGUEIRA, samba de Wilson Moreira e Carlos Cachaça, com Wilson Moreira, em disco “Okolofé”, Bomba Records BOM 2019 (1991);
HARMONIA EM MANGUEIRA, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
HOMENAGEM, samba-enrêdo (34) de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “HISTÓRIA DAS ESCOLA DE SAMBA MANGUEIRA”, Marcus Pereira MPC-4002 (1974);
JURAMENTO FALSO, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
LACRIMÁRIO, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “FALA MANGUEIRA!”, Odeon MOFB 3568 (1968);
NÃO ME DEIXASTE IR AO SAMBA, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “NOVA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – ESCOLAS DE SAMBA I”, Abril Cultural HMPB-74 (1979); com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
NÃO QUERO MAIS, samba de José Gonçalves e Carlos Cachaça, com Aracy de Almeida, acompanhada de Conjunto Regional RCA Victor, em disco Victor 34125 (matriz 80214-1), gravado em 9-9-36, lançado em 1936;
PÁTRIA QUERIDA, samba de Carlos Cachaça, com o autor, Nelson Sargento e Hermínio Bello de Carvalho, em disco “MANGUEIRA – Sambas de Terreiro e Outros Sambas”, Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro CRILSM99CD (1999);
QUEM ME VÊ SORRINDO, samba de Carlos Cachaça e Cartola, com Carlos Cachaça, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976); com Cartola, em disco “CARTOLA – DEPOIMENTO INÉDITO”, Estúdio Eldorado 59.82.0396 (1982); com Cartola, em disco “CARTOLA”, Marcus Pereira 403.5007 (1974); com Cartola e Coro da Mangueira, em disco “NATIVE BRAZILIAN MUSIC”, Columbia N ° C-83 – C-84 (1942);
SE ALGUM DIA, samba de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
TEMPOS IDOS, samba de Cartola e Carlos Cachaça, com Cartola, em disco “VERDE QUE TE QUERO ROSA”, RCA Victor 103.0227 (1977);
TODO AMOR, samba de Carlos Cachaça e Cartola, com Carlos Cachaça, em disco “CARLOS CACHAÇA”, Continental 1-19-405-026 (1976);
VALE DO SÃO FRANCISCO, samba-enrêdo (48) de Cartola e Carlos Cachaça, com Cartola, em disco “HISTÓRIA DAS ESCOLA DE SAMBA – MANGUEIRA”, Marcus Pereira MPC-4002 (1974); com Nuno Veloso e côro, em disco “Salve MANGUEIRA”, RCA Victor BBL-1098 (1960);
VINGANÇA, samba de quadra (37), de Carlos Cachaça, com o autor, em disco “HISTÓRIA DAS ESCOLA DE SAMBA – MANGUEIRA”, Marcus Pereira MPC-4002 (1974);

  1. SEI LÁ, MANGUEIRA, samba de Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho, com Clementina de Jesus, em disco “clementina, cadê você?”, MIS 013 (1970); ↩︎
  2. EXALTAÇÃO À MANGUEIRA, samba de Enéas Brites e Aloísio A. da Costa, com Jamelão, em disco “NOVA HISTÓRIA DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA – ESCOLAS DE SAMBA I”, Abril Cultural HMPB-74 (1979); ↩︎
  3. MELLO, Marcelo de “Carlos Cachaça, em tempo de homenagens”. O GLOBO (RJ) 14-8-91, MÉIER p.24-25 ↩︎
  4. FARIA, Giovanni “Carlos Cachaça, sambista de corpo e alma”. O GLOBO (RJ) 2-1-85, MÉIER p.12 ↩︎