Yes, Nós Temos Braguinha foi o enredo apresentado pela Estação Primeira de Mangueira no desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro de 1984, o primeiro realizado na Passarela do Samba projetada por Oscar Niemeyer. A escola, a sétima a desfilar no dia 4 de março, tornou-se campeã do carnaval carioca pela 13ª vez, encerrando um jejum de títulos que durava desde 1973. O enredo em homenagem ao compositor Carlos Alberto Ferreira Braga, o Braguinha, foi criado pelo carnavalesco Max Lopes. Com poucos recursos, ele trabalhou num barracão próximo à Praça Onze que por muito tempo não tinha sequer um teto, tendo que torcer para que não chovesse. Foi a primeira vitória de Max no carnaval carioca. Pela primeira vez, as principais escolas de samba do Rio de Janeiro foram divididas em dois dias de desfiles, com sete escolas por dia. A divisão era uma antiga reivindicação dos sambistas, assim como a construção definitiva de um local fixo para a realização da festa. Em setembro de 1983, o governador do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, e seu secretário de Cultura, Darcy Ribeiro, anunciaram a construção da Avenida dos Desfiles. Cinco meses depois, a estrutura foi inaugurada. Coube à Mangueira encerrar o segundo dia de desfiles, na segunda-feira. Ao chegar á Praça da Apoteose, onde deveria acontecer a dispersão, a escola deu meia-volta e retornou para a concentração, levando todos os carros e somando três horas de apresentação. Segundo Álvaro Luiz Caetano (o Alvinho), que integrava a ala de compositores e mais tarde seria presidente da Mangueira, o retorno aconteceu porque a escola não tinha dinheiro para contratar pessoas para empurrar os carros alegóricos, então optou pelo caminho mais curto de volta para o barracão, próximo ao início da passarela. Na apuração, a Mangueira ficou em primeiro lugar no desfile de segunda-feira, somando 208 pontos, contra 201 da Mocidade Independente de Padre Miguel. O samba foi composto por Jurandir, Hélio Turco, Comprido, Arroz e Jajá. O intérprete foi Jamelão. Na classificação geral, ficou cinco pontos à frente da Portela, vencedora do desfile de domingo, e assim se sagrou SUPERCAMPEÃ. Foi a primeira e única vez que o regulamento previu uma escola campeã para cada dia de desfile.
Enredo: Max Lopes / Carnavalesco: Max Lopes / Presidente: Djalma dos Santos / Diretores de harmonia: Xangô da Mangueira e Alberto Salles Pontes / Diretor de bateria: Taranta / 1º casal de mestre-sala e porta-bandeira: Mocinha e Delegado. (Wiki)